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Prefeitura de Fortaleza consulta Iphan sobre possível demolição da ponte velha, na Praia de Iracema

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O destino das estruturas da Ponte Velha ou Ponte Metálica, no Poço da Draga, na Praia de Iracema, em Fortaleza, há alguns meses, voltou a mobilizar discussões entre a Prefeitura e o Governo Federal, incluindo órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Superintendência do Patrimônio da União (SPU). Em maio, a gestão de Evandro Leitão (PT) consultou o Iphan sobre a possível “demolição controlada da ponte”. 

A estrutura, interditada desde agosto de 2023, tem mais de 100 anos, e a ideia de demolição já havia sido cogitada na gestão anterior, do ex-prefeito José Sarto (PDT). Consultada pelo Diário do Nordeste, a Prefeitura confirmou, nesta segunda-feira (4), em nota, que solicitou “pareceres técnicos de vários órgãos” sobre a situação da ponte e que projetos de requalificação do espaço “estão em análise”. 

Conforme o Iphan, no dia 19 de maio de 2025, a Prefeitura de Fortaleza protocolou junto à Superintendência do órgão no Ceará um ofício assinado pelo Secretário da Regional 12, Adams Cavalcante Gomes, “que trata de medidas emergenciais necessárias para a demolição controlada da Ponte Metálica do Poço da Draga”. 

No ofício, diz o Iphan, a Prefeitura aponta que a estrutura da Ponte Velha “apresenta risco de acidentes de alta gravidade, demandando ações preventivas urgentes para salvaguardar a integridade física dos cidadãos que transitam pela área”. Segundo o Iphan, a Prefeitura anexou no documento um parecer técnico da Defesa Civil Municipal no qual classifica o nível de risco do imóvel como “muito alto” para as estruturas da ponte e alto para as estruturas sob a ponte. 

No parecer da Defesa Civil, aponta o Iphan, o órgão municipal concluiu que a Ponte Metálica está em colapso estrutural progressivo e representa risco direto à vida em caso de acesso indevido. Mas, embora a demolição seja uma das opções apresentadas, o documento da Defesa Civil não a determina como a única medida a ser tomada. Uma das possibilidades, diz o documento, é a “consolidação do espaço como ruína histórica”. 

O documento do Iphan ao qual o Diário do Nordeste teve acesso diz ainda que “como medidas imediatas foi solicitado à SPU-CE a autorização formal para demolição da estrutura, por se tratar de área sob gestão compartilhada” e aponta ainda que ao Iphan houve uma consulta sobre “o eventual interesse histórico-cultural da estrutura e orientações quanto à preservação da memória do local através de documentação fotográfica e registro histórico antes da demolição”.