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Nova planta industrial pode atrair investimentos do setor automotivo ao aeronáutico no Ceará

Fábrica será instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém

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Trabalhador manuseia barras de ferro fundido em oficina industrial, representando o setor metalúrgico e a produção de peças no Ceará.

A nova fábrica de peças em ferro fundido, que será instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) com um investimento de R$ 42 milhões, já negocia com cerca de oito empresas de diferentes setores. O empreendimento ficará próximo à usina da ArcelorMittal, complementando a cadeia siderúrgica da região.

Especialistas apontam que o projeto tem potencial para atrair novos negócios voltados ao fornecimento de autopeças e componentes para o setor aeronáutico, considerando o cenário de desenvolvimento do Ceará, que contará com a instalação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e do Polo Automotivo.

O investimento é da Indústria de Bombas King, especializada em bombas hidráulicas para uso doméstico e industrial. Segundo o CEO da empresa, Fernando de Castro Alves, a expectativa é que a planta entre em operação até o fim de 2027.

Ele indica que a primeira fase do projeto deve gerar 50 empregos diretos e uma produção de 2.600 toneladas brutas/ano de ferro cinzento, nodular, aço e ligas ferrosas fundidos. Já a fase final pode chegar a 200 empregos diretos, com a produção alcançando 13.000 toneladas brutas/ano. 

Além de peças em ferro fundido, a fábrica produzirá aço e ligas especiais voltadas para segmentos como siderurgia, mineração, máquinas agrícolas, autopeças, cimento, saneamento e alimentos. 

 

O CEO também demonstra interesse em fornecer e desenvolver peças fundidas para empresas do setor metalmecânico processarem e comercializarem para os distribuidores. 

 

“Muitos dos produtos fundidos adquiridos por várias empresas de segmentos distintos que utilizam fundidos no seu processo produtivo ou nos produtos estão adquirindo grandes volumes do Sul e Sudeste ou importando, o que demanda altos custos logísticos, elevado capital de giro e estoques elevados”, destaca. 

Outro mercado estratégico para a fábrica são empresas que utilizam peças em aço conformado, cortado e soldado, que podem ser substituídas por peças fundidas.

 

Cerca de oito empresas já foram prospectadas para parcerias, representando 80% da capacidade produtiva do empreendimento.

 

Segundo Fernando, a pretensão da fábrica é atender, inicialmente, até 20% da demanda do mercado local, em um raio de até 400 quilômetros. 

“Já avançamos em negociações com fornecedores, clientes futuros e investidores. O processo de fundição é universal para a maioria das peças demandadas, independentemente do setor”, revela.