O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) teve R$ 150 milhões bloqueados em seu orçamento, por determinação do Decreto nº 12.477, de 30 de maio de 2025. O bloqueio afetou o funcionamento do órgão federal, responsável por obras hídricas estratégicas nos estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais.

No Ceará, 65 reservatórios de médio e grande porte ficaram sem vigilância desde o início de junho, após a dispensa de todo o quadro terceirizado responsável pela segurança patrimonial. Caso os cortes não sejam revertidos, a partir de julho, todos os reservatórios e prédios públicos ligados ao órgão terão a vigilância suspensa.

Metade dos trabalhadores terceirizados que atuavam no suporte técnico e operacional foi desligada, prejudicando o funcionamento da sede administrativa e de unidades regionais do órgão.

O cenário atual se agrava diante de um processo de esvaziamento estrutural que se arrasta há décadas. Na década de 1990, o Dnocs contava com mais de 14 mil servidores efetivos. Hoje, esse número foi reduzido a pouco mais de 400.